segunda-feira, 27 de maio de 2013

UM PRÊMIO À DEDICAÇÃO!


                
              Ontem, corri os 10km do Circuito Caixa e consegui mais um recorde pessoal! Com o tempo de 41:58, baixei em mais de 30 segundos meu recorde anterior, mesmo em uma prova com um percurso dificílimo. Na foto ao lado, estão sendo mostradas as duas medalhas que ganhei ontem. A menor é a medalha de participação da prova, dada a todos que completam o percurso. A maior (dourada) é a medalha de ouro, que eu ganhei por ter ficado em primeiro lugar na categoria 20 a 24 anos. Pela primeira vez, fui premiado em um prova! Estaria muito feliz se conseguisse ficar entre os três primeiros, pois o Circuito Caixa é uma prova de nível técnico altíssimo, mas o 1º lugar veio como um prêmio toda a dedicação que estou tendo com a corrida nesse ano.
           Eu sou uma pessoa muito metódica, admito. Gosto de registrar, organizar, planejar e deixar tudo na mais perfeita ordem. Esse ano ainda está longe de acabar e já é com toda a certeza, meu melhor ano no que diz respeito à corrida. Em 2013, já participei de nove provas, igualando o ano de 2010, que havia sido o ano em que eu participei de mais provas. Para os que gostam de estatísticas, seguem algumas interessantes:

Total de provas: 9
Quebras de recordes: 6
Pódios na categoria: 4 (Três 1º e um 3º - Além disso, houve dois 4º e um 5º)
Provas de 5km: 4 provas, 3 quebras de recorde, um 1º lugar, um 3º lugar
Provas de 10km: 2 provas, 2 quebras de recorde, dois 1º lugares
            
          Gostaria de agradecer muito a todos que me dão força para sair por aí correndo! Em especial, gostaria de agradecer aos professores/amigos Marcelo Camargo e Albená Nunes pelas trocas de informações constantes. Minha participação no Curso TCR (Treinamento de Corrida) no 2º semestre do ano passado foi um divisor de águas para minha “carreira” na corrida, tanto como atleta quanto como treinador.  Além desses, gostaria também de agradecer ao professor Adriano Maron, treinador do grupo de corridas da APCEF (Caixa Econômica Federal), que desde março tem me ajudado muito nos treinamentos com preciosas informações e muita experiência no atletismo.
   O ano está longe de acabar. Espero conseguir todos os meus objetivos para esse ano para chegar em 2014 com objetivos ainda maiores. Para isso, o jeito é treinar! Bons treinos a todos!

PROVA: CIRCUITO CAIXA (10km)


            O mês de maio foi um mês pesado, do ponto de vista da corrida, mas no final das contas o saldo foi muito positivo. Em março/abril, quando planejei as provas desse mês, pensei em três provas:
1 – 20,02km no Circuito SESC (12/05): O objetivo era fazer um simulado para a meia maratona, aliado a um treino longo. O resultado foi o tempo de 01:31:03 e a certeza de estar bem perto do sub-1h35 na Meia Maratona.
2 – 5km na etapa inverno do Circuito Adidas (19/05): Essa era um prova na qual eu resolvi participar exclusivamente pelo kit e para poder completar as quatro provas do circuito em 2013. O resultado foi um 19:41 e a conquista do primeiro objetivo: o sub-20 nos 5km. Além disso, consegui minha melhor classificação geral em todas as minhas provas: 21º lugar numa prova com mais de 6000 participantes.
3 – 10km no Circuito Caixa (26/05): Essa prova era o grande desafio do ano até então. Quando me inscrevi para ela, no final de março, a ideia era chegar à prova fazendo os 10km abaixo de 40:00.
            Desde que busquei meu kit para a prova, na sexta-feira, eu estava ansioso para essa prova. Eu tinha absoluta certeza de que meu recorde pessoal na distância seria batido. Minha ansiedade era em saber se conseguiria ficar na casa dos 40 ou 41 minutos. No sábado, dormi mais cedo que o normal e quando acordei no domingo, às 06:00, estava me sentindo muito bem e com muita disposição.
Minha largada na prova foi muito ruim. Não consegui me posicionar bem e demorei quase dois minutos para passar pelo tapete de largada. Com o “trânsito”, demorei 4:30 para correr o km1. Além disso, precisei mudar muito meu ritmo para desviar dos mais lentos e isso me atrapalhou um pouco. Apesar disso, fechei os primeiros 5km da prova em 21:00, aproximadamente, como planejado. A ideia era correr o primeiros 5km 21:00, para poder tentar acelerar nos 5km finais e fechar entre 40 e 41 minutos.
O problema é que o pior ainda estava por vir: quando meu GPS marcava aproximadamente 6,5km de prova, entrei numa rua que levaria para o percurso “cross country” da prova. Um trecho de aproximadamente 2km dentro do bairro, com ruas de paralelepípedo. Esse trecho contou com um 1km de uma subida difícil e mais 1km de uma leve descida. Isso foi ruim e bom ao mesmo tempo. Foi ruim, pois o trecho de subida me fez correr quase 1km a um ritmo de aproximadamente 4:40/km (longe dos 4:00/km que eu previa para os 5km finais da prova), mas no final das contas foi bom, pois consegui fechar os km finais da prova próximo de 4:00/km e ainda tive fôlego para correr os últimos 300m a 3:40/km.
O tempo final de 41:58 (oficial), foi 32 segundos melhor que meu recorde anterior (42:30 na Eco Run, dia 14/04/13) e me fez ter a certeza de que em percurso plano eu teria conseguido ficar bem perto da casa dos 40 minutos nos 10km. O sub-40 nos 10km é uma meta cada vez mais próxima! Além do recorde pessoal (com folga), consegui o 1º lugar na minha categoria, com direito a entrega de medalha no lugar mais alto do pódio e aplausos dos participantes que ainda estavam na arena acompanhando a premiação do evento.
Agora, mais do que nunca, o Circuito Caixa se tornou um prova muito especial para mim: Desde que comecei a correr, em 2009, o Circuito Caixa é uma prova que me faz ter boas lembranças. Em 2009, corri meus primeiros 5km em 24:18. Em 2010, corri pela primeira vez abaixo de 4:30/km, com um tempo de 22:19 e um recorde pessoal. Nos anos de 2011 e 2012 não pude correr a prova por motivo de lesão. E agora, em 2013, novamente consegui meu melhor tempo, dessa vez nos 10km.
Para o mês de junho, provavelmente não participarei de nenhuma prova. Pelo menos não com o objetivo de bater novos recordes. A Copa das Confederações, que será realizada nesse mês, reduziu bastante a possibilidade de provas. Devo correr apenas a Corrida Na Ativa, dia 30/06, na Savassi.  Essa prova será de 6km, mas num percurso com muitas subidas e descidas nos entornos do Pátio Savassi. Minha última prova de 6km foi no dia 18/04/2010, quando corri o Circuito da Longevidade, do Bradesco em 26:56. Vou correr essa prova apenas para curtir, mas quem sabe não bato mais esse recorde? Bons treinos a todos!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

GOLDEN FOUR SP


          Se tudo der certo, meu sub-1h35 na meia maratona já tem data, hora e local: Golden Four – Etapa São Paulo, no dia 28/07/2013, com largada às sete da matina! Além disso, posso também concluir o Desafio CR-Asics 2013 com um sub-1h40 e assim, já sair de SP com a camisa comemorativa do evento!
Acabei de confirmar minha inscrição para realizar mais dois dos meus objetivos do ano com a corrida: o primeiro, que é correr uma meia maratona abaixo de 1h35´ e o segundo que é correr minha primeira prova oficial fora de Belo Horizonte.
           Curiosamente, a única vez que corri fora de Belo Horizonte também foi em São Paulo, quando corri a prova de 25km na Maratona de São Paulo do ano passado, entretanto essa não contou, pois eu corri com o pessoal do Centro de Diabetes de Belo Horizonte apenas como escolta de alguns atletas.
       Agora é terminar os preparativos. Hotel, passagens de avião, etc... E seguir firme nos treinos! Ansiedade a mil! Bons treinos a todos!

PROVA: CIRCUITO ADIDAS INVERNO (5km)


            Ontem, dia 19/05/2013 aconteceu a Etapa Inverno do Circuito das Estações Adidas de Belo Horizonte. No dia 10/03/2013, corri a Etapa Outono desse circuito dizendo que seria minha despedida dos 5km nesse ano, entretanto após conseguir meu recorde na distância (20:56) resolvi pensar a respeito e tentar conseguir um sub-20 nos 5km. Esse seria o primeiro passo para correr os 10km sub-40 e posteriormente completar a meia maratona abaixo de 1h35´. Essas eram as três principais metas desse ano. Resolvi então, correr as quatro edições da Adidas na distância de 5km, com o objetivo de acompanhar minha evolução na distância, mesmo tendo como foco as provas de 10 e 21km.
         O mês de maio tem sido um mês atípico para mim. Geralmente, corro uma ou duas provas por mês. Com isso é possível treinar e me recuperar adequadamente para competir sempre nas melhores condições possíveis. A ideia para o mês de maio, era correr os 5km da Adidas e os 10km da Caixa, nos dias 19/05 e 26/05, respectivamente. Dessa forma, eu poderia tentar o sub-20 nos 5km e poderia me aproximar mais um pouco do sub-40 nos 10km. Entretanto, acabei me inscrevendo também na Corrida do Cruzeiro (01/05) com o objetivo de disputar uma premiação por categoria (fiquei com o 1º da categoria, mas ainda não levei) e me inscrevi nos 20,02km do Circuito SESC (12/05) com o objetivo de fazer um “simulado” para os 21km, já que eu nunca havia competido uma prova oficial (devidamente inscrito!) acima de 10km.
            Os 20,02km do Circuito SESC, quase foram um tiro no pé para meu objetivo. Corri a prova semana passada em 01:31:03, tempo excelente que me deixou tranquilo para tentar o sub-1h35 na meia maratona, entretanto passei a semana toda sentindo muito cansaço e fazendo apenas treinos leves.
    Cheguei ontem para correr a Adidas ainda sentindo as pernas um pouco pesadas do somatório prova + treinos da semana e durante o aquecimento pensei em apenas me aproximar do meu recorde de 20:56 nos 5km. Estaria satisfeito se conseguisse correr abaixo de 21:00. Resolvi iniciar a prova com uma estratégia diferente: geralmente começo num ritmo confortável e, ao longo da prova vou encontrando meu ritmo certo, mas dessa vez resolvi começar forte e ver no que dava. Eu não tinha nada a perder. Se conseguisse me manter, terminaria bem a prova (e estava preparado fisicamente, para correr forte), caso contrário, meu recorde não seria batido e aí não me interessava se eu faria 21:00, 23:00 ou 25:00 (caso quebrasse no meio da prova).
    Corri o km1 em 3:53 e sem me sentir muito cansado, apesar das pernas estarem sentindo um pouco. No km2, gastei 4:09, mas estava me sentindo bem e comecei a acreditar num possível recorde. Quando virei o km3 com 3:58 e ainda com fôlego, sabia que conseguiria manter o ritmo até o final e comecei a acreditar num sub-20. Fiz o km4 em 3:53 e com o tempo total de aproximadamente 15:53, eu tinha 4:09 para correr o último km e fechar abaixo de 20:00. A estratégia deu certo, e ainda tive motivação e fôlego para um sprint nos últimos 300m, com direito a ultrapassar 5 competidores nos últimos metros da prova. Resultado, fechei o último km com um 3:47 e a prova com 19:40 (Tempo oficial de 19:41).
   Terminei a prova muito cansado, mas extremamente feliz! Pela primeira vez na vida, corri uma prova num ritmo abaixo de 4:00/km. Além disso, consegui concluir o primeiro dos três objetivos do ano, o sub-20 nos 5km. Faltam o sub-40 nos 10km e o sub-1h35 na meia. Além disso, fiquei com o 3° lugar na categoria 20-24 anos, o que me coloca de vez na “Elite” da minha categoria em Belo Horizonte (nas últimas três provas que corri na categoria 20-24 anos, consegui dois 1º lugares e um 3º) e fiquei com o 21º lugar no geral, minha melhor classificação em um prova até hoje!
   A expectativa para os 10km no Circuito Caixa, semana que vem é muito boa: pretendo estar mais descansado para a prova e espero conseguir mais um pódio na categoria. Essa prova irá premiar os três primeiros de cada categoria, e espero estar entre os 3 na categoria 20-24 anos. Espero também, um novo recorde na distância. Acredito ser possível, caso esteja num dia bom, correr os 10km próximo de 41:00. Bons treinos a todos!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

PROVA: CIRCUITO SESC (20,02km)


           No último domingo, dia 12/05/2013, dia das mães aconteceu a 5ª etapa do Circuito SESC Corra Pro Hexa. Esse circuito criou uma etapa em homenagem a cada título mundial da nossa seleção. As três primeiras etapas ocorreram no ano passado, com os percursos de 5,8km, 6,2km e 7,0km. Homenagem aos anos de 1958, 1962 e 1970, quando o Brasil levantou os canecos dessas copas do mundo. No início do ano, corri minha primeira prova desse circuito: os 9,4km referentes ao título de 1994. Como postado neste blog, minha viagem para os EUA me atrapalhou um pouco nessa prova.
              Dessa vez a prova seria dura: 20,02km em homenagem ao título de 2002, onde Ronaldo, Rivaldo e toda a família Scolari deram um show. Havia a possibilidade também de correr a prova em esquema de revezamento. A prova seria em dupla e cada dupla correria 10,01km. Optei por correr os 20,02km.
              A meta era correr a prova com algo próximo de 01:40:00, já que fiquei parado por 10 dias, graças à dengue e havia voltado a treinar fazia pouco mais de uma semana. A prova seria a 2ª maior distância que eu já corri em toda minha vida. A maior foi a prova de 25km, na Maratona de São Paulo 2012, onde corri com o pessoal do Centro de Diabetes de Belo Horizonte como escolta de alguns atletas. Se eu considerar que parei no km 15 dessa prova para ir ao banheiro e também a cada 5km para que os atletas diabéticos medissem a glicemia, os 20,02km do Circuito SESC seriam a maior distância que já percorri sem parar até hoje!
              A largada da prova aconteceu às 07:30, com uma temperatura de 15°C, o que eu achei ótimo, pois no final da prova o sol já estava muito forte. Se a largada tivesse sido às 08:00, seria complicado chegar no final da prova. Além disso, a organização estava muito boa! Todo o percurso estava bem sinalizado, apesar de algumas placas da distância estarem posicionadas erradamente (a placa do km3 estava na marca dos 2,5km, aproximadamente) e havia muitos postos de hidratação, alguns até com isotônicos.
            Comecei prova num ritmo confortável, para não correr o risco de quebrar na prova. Estava num ritmo de aproximadamente 4:45/km e assim fiquei até o km 8, onde acelerei um pouquinho, já que estava bem inteiro. Virei os primeiros 10km com o tempo de 46:42, me sentindo bem, mas com as pernas um pouco cansadas. A ideia era fazer os 10km finais mais forte que os primeiros. E assim acelerei um pouco e fiquei na faixa dos 4:30/km até o km 15. Daí para frente eu vi que se aumentasse um pouco o ritmo, poderia fechar abaixo de 01:30:00, o que seria excelente para mim. Tentei puxar um pouco, e fiquei na faixa de uns 4:15/km, mas no km 17, minhas pernas pediram clemência e eu não aguentei manter o ritmo. Cheguei a cair para 4:50/km, mas consegui voltar a correr perto de 4:30/km até o final da prova. Cheguei com o tempo de 01:30:50 (Não oficial). Achei excelente, já que não estava esperando fazer um tempo assim agora, devido às circunstâncias.
             Agora é seguir treinando forte que está chegando a hora de correr para valer. Ainda não defini qual será a Meia Maratona que vou correr no lugar da Meia de BH, que seria no dia 09/06/2013, mas foi adiada para o dia 25/08/2013 devido à Copa das Confederações que acontecerá no mês de junho. Estou pensando em correr a Golden Four de SP, no dia 28/07/2013 ou a própria Meia de BH, em agosto. Quem sabe? Por enquanto, sigo treinando. Bons treinos a todos!

ACESSÓRIOS: FREQUENCÍMETRO E GPS


           
                 Depois de um tempo, estou retomando a série que iniciei sobre acessórios de corrida. Na publicação “Acessórios de Corrida”, no dia 01/04/2013, dividi os acessórios em duas categorias: os essenciais e os não obrigatórios. Na categoria “essenciais”, o cronometro, os tênis e os shorts/calças já foram falados. Agora vou começar a falar a respeito dos não obrigatórios. Resolvi iniciar com dois acessórios que a maioria dos corredores (e eu me incluo nessa) utiliza nos treinos e competições: o frequencímetro, ou medidor de frequência cardíaca e o GPS. A maioria dos corredores utiliza pelo menos um desses dois itens e muitos utilizam os dois.
           Eu, particularmente, até o ano passado utilizava apenas o frequencímetro. Enquanto corria eu gostava de ter uma noção de como andava minha frequência cardíaca (FC). Entretanto, chegou num ponto onde eu praticamente já sabia como minha FC se comportaria em cada situação de treino/competição. Acompanhar a FC para mim se tornou algo sem muito sentido. Muitos treinadores prescrevem treinos com base no percentual da FC máxima, que geralmente é estimada pela idade do sujeito (o famoso 220-idade, ou outras equações que também são utilizadas). É muito comum eu ver planilhas que colocam a intensidade do treino em percentual da FC ao invés da velocidade (ex.: Corra 5km a 70% da FC máxima), o que, em minha opinião é um problema, pois dessa forma a prescrição do treinamento se torna generalizada uma vez que a FC apresenta um comportamento muito diferente para cada indivíduo.
O problema em si, não é o fato de se utilizar 60, 70 ou 80% da FC. O problema é a forma como geralmente estimamos a FC. A utilização de equações, como o 220-idade, na maioria das vezes não condiz com a real situação de cada indivíduo. Vou utilizar como exemplo a minha pessoa. Se considerarmos a equação 220-idade para estimar minha FC máxima, vamos chegar a um valor de 197 bpm (220-23 anos = 197). Entretanto, em mais de um ano utilizando o frequencímetro para correr e jogar futebol, minha FC nunca passou de 185. Mesmo dando meu máximo muitas vezes (em provas, partidas de futebol mais “disputadas” e até mesmo em testes de laboratório), minha FC não atingiu o máximo. Provavelmente ela nunca chegará a esse valor de 197 bpm. Agora vamos fazer umas contas:
Se minha FC estimada é 197, e meu treinador me manda correr a 80% dela, a FC esperada para meu treino seria de aproximadamente 158 bpm. Entretanto, se consideramos minha FC máxima REAL de 185, a intensidade do treino deveria ser de 148 bpm. Isso quer dizer que toda vez que meu treinador me manda correr a 80% da minha FC máxima e eu corro a 158 bpm, na verdade eu estou correndo a aproximadamente 85% da FC máxima, ou seja, estarei correndo sempre mais intensamente do que deveria, e isso em longo prazo, pode me gerar lesões ou até mesmo um estado de overtraining. Da mesma forma, é comum vermos o contrário. Por exemplo, eu tenho um aluno na academia onde trabalho, que com aproximadamente 40 anos, possui uma FC máxima de mais de 200. Ou seja, se eu considerar a máxima de 180 bpm (220-40 anos), todos os treinos dele ficarão abaixo da sua capacidade e talvez ele não alcance seus objetivos.
No fim das contas, o que eu quero dizer não é que sou contra a utilização do monitor de FC. Na verdade, eu sou contra a FORMA como ele é utilizado, pois na grande maioria das vezes a FC é utilizada da mesma forma para todas as pessoas sem considerar as diferenças individuais que cada indivíduo apresenta.
Poderia escrever mais umas duas ou três publicações apenas falando sobre a FC, mas vou continuar com o tema dessa postagem. Agora, o GPS. Na minha viagem aos EUA, em janeiro desse ano, comprei meu primeiro GPS: um Nike Sportswatch. Particularmente, estou achando um acessório extremamente útil, por dois motivos. Em primeiro lugar porque me permite correr em qualquer lugar, sem que seja necessário eu conhecer o percurso que estou correndo. Em segundo lugar, porque a Nike possui uma página online onde é possível baixar seus treinos para o computador e ter acesso a informações interessantes como o seu volume semanal, ritmo médio nos treinos, altimetria e velocidade em cada ponto do seu percurso entre muitas outras informações.
Apesar de o GPS não ser considerado por mim um acessório essencial, já que o controle do ritmo do treino pode ser feito com um cronometro simples, ele proporciona uma facilidade muito grande para o controle dos treinos. Um ponto contra para o GPS é que às vezes há alguns problemas técnicos, como ausência de sinal. O pior dos problemas para mim é a pouca sensibilidade do relógio a variações de velocidade. Em treinos intervalados, por exemplo, os finais de cada tiro e início dos próximos são problemáticos, pois a variação repentina de velocidade é atualizada mais lentamente pelo GPS e assim, você perde segundos preciosos nos momentos de retomada e nos de recuperação (se eu saio de uma caminhada de 6km/h para um tiro de 15km/h, ele demora uns 20 segundos ou mais para chegar nos 15km/h). Por isso, geralmente eu não me preocupo com a velocidade que está sendo mostrada pelo GPS. Sempre me mantenho atendo ao tempo e à distância e assim, faço as contas na cabeça. Por exemplo, se um tiro de 1000m a 15km/h tem que durar quatro minutos, mesmo com o GPS, acompanho o tempo do cronômetro para ficar o mais preciso possível (100m a cada 24s). Para mim o melhor do GPS é ter a distância percorrida a um olhar de distância.
Espero que a publicação seja útil para quem está na dúvida sobre esses acessórios. Bons treinos a todos!

terça-feira, 7 de maio de 2013

STAND BY


                “Stand By” é uma palavra inglesa que significa DE PRONTIDÃO, DE SOBREAVISO ou A ESPERA. Em aparelhos eletrônicos, estar em stand by significa que ele está ligado, mas não está sendo utilizado, com o objetivo de economizar bateria ou energia elétrica. O aparelho continua funcionando, porém com o consumo de energia diminuído.
                Hoje, estão completando exatamente duas semanas que eu comecei a sentir os sintomas da dengue que me pegou. Além de ficar uma semana completamente sem treinar, voltei na semana passada na função “stand by”. É incrível a capacidade que a dengue tem que nos derrubar! Voltei a treinar na terça-feira, dia 30/04/13 e corri 5km em 25:54. Um treino leve, já que no outro dia eu iria correr a Corrida do Cruzeiro.
                     No dia 01/05/13, cheguei à Toca da Raposa I, onde seria a largada da prova, faltando apenas 20 minutos para a largada (algo fora do comum para mim) e admito que só fui correr porque já havia pago a inscrição da prova. A vontade era zero! Parecia que meu corpo ainda estava economizando energia. Corri os 5km em 22:07, com muita dificuldade, mas acho que a queda no desempenho foi mais psicológica do que física. Depois dessa prova, só voltei a correr no domingo, dia 05/05/13 em outra prova de 5km na Praça JK (Corrida SICEPOT) e apenas para acompanhar uma amiga. Corri mais 5km, dessa vez em 35:25.
               Hoje, finalmente acho que liguei o botão “Power”. Cheguei à Pampulha para treinar ainda um pouco desanimado com a pioria no rendimento, mas assim que comecei o treino, tudo mudou! Foram 15 minutos leve (5:30/km) + 20 minutos no ritmo que planejo correr os 20km do Circuito SESC, no dia 12/05/13 (entre 4:50 e 5:00/km) + 15 minutos no meu ritmo de 10km (entre 4:10 e 4:20/km) + 15 minutos leve para recuperar (5:30/km). Completei o treino com um total de 13km em 01:04:45 e me sentindo muito bem e inteiro! Esse ritmo ainda não é o mesmo que eu estava antes de parar, mas já está bem próximo. Acredito que até o dia 26/05/13, quando vou correr os 10km do Circuito Caixa atrás de um novo recorde, vou estar preparado para chegar mais perto do tão sonhado sub-40 na distância.
                    No próximo post, pretendo retomar a série sobre acessórios de corrida. Como diria o saudoso Adílson Batista, ex-treinador do Cruzeiro, “vamos aguardar”. Bons treinos à todos!